Síndrome do coitadismo: entenda o que é
Caracterizada por um conjunto de sinais e sintomas que apontam uma dificuldade que a pessoa tem em se apropriar de sua vida, a síndrome do coitadismo pode trazer inúmeras consequências. Para saber mais sobre Mulher Conectada conversou com a psicóloga Bruna Richter.
Ela explica que diante de crenças disfuncionais a síndrome do coitadismo faz com que a pessoa acredite que a realidade funciona como uma adversária de seus desejos. “O sujeito passa a entender o mundo a seu redor como algo hostil e, frequentemente, direciona seus lamentos e queixas nesse sentido”.
Ao se comparar com o outro, a pessoa passa a ter a percepção de que suas experiências possuem um cunho negativo. “Ela entende que sua vida é mais sobrecarregada e que seus sentimentos são mais severos. Além disso, não é incomum que ele pense estar em desvantagem durante todo o tempo”.
A especialista adiciona que o próprio sujeito cria um fator limitador para sua vida. “A forma como se consegue lidar com a própria existência e com os outros é baseada na desigualdade, que culmina em reclamações e lamúrias”.
Como descobrir a síndrome do coitadismo?
Bruno explica que diversos fatores podem desencadear a síndrome do coitadismo. “Dentre os mais comuns: perdas significativas, abusos físicos ou psicológicos, condições socioeconômicas extremas. Além de baixa autoconfiança e falta de autoconhecimento”.
O diagnóstico, porém, não é fácil. Contudo, a especialista aponta que alguns sinais podem servir de alerta. “Tudo o que acontece a essa pessoa é de responsabilidade alheia. Culpa-se o passado, a política, o país, o mundo. A culpabilidade do que lhe é imputado é sempre externa, como se o acaso estivesse fazendo um jogo com ele”.
Como o olhar se volta muito facilmente para o aspecto negativo das circunstancias, há um aumento do risco de episódios depressivos ou melancólicos. “Estresse elevado, desamparo diante dos pares e baixa autoestima são frequentes”.
Como tratar a síndrome do coitadismo
A psicóloga elucida que é importante, em primeiro lugar, reforçar que a dor que essas pessoas experimentam é real. “Para que a síndrome não se torne um ciclo, é aconselhável que os mais próximos procurem escutar ativamente o que o sujeito diz. Mas sem interrupções ou críticas”.
Além disso, é importante que as pessoas ao redor busquem entender o ponto de vista desse que está refém da angústia. “O acolhimento, muitas vezes, tem efeito terapêutico e fazer-se ouvir pode trazer bons resultados”.
Também é aconselhável buscar relembrar momentos de êxito e prosperidade na vida pregressa do sujeito. “Isso pode reativar memórias positivas de experiências bem sucedidas e assim, contrabalancear o que ele vem experimentando de ruim”.
Por fim, trazer à consciência esse hábito de reforçar ou de apegar-se aos aspectos negativos também é bastante benéfico. “Não é incomum que o sujeito esteja agindo repetidamente de forma inconsciente. E nesse sentido, o acompanhamento psicológico funciona como aliado recomendado na diminuição dos sintomas”.
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