Calvície feminina atinge 5% das mulheres brasileiras

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A calvície feminina é uma realidade entre 30% das mulheres de todo o mundo. No Brasil, ela atinge 5% da população feminina, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Primeiramente, é preciso entender que a calvície feminina é uma condição genética, mediada pela di-hidrotestosterona, hormônio andrógeno, que atua no folículo, fazendo-o ficar menor e mais fino. Pode afetar mulheres com níveis normais de hormônios. Ademais, o quadro é ainda uma preocupação de 50% das mulheres que sofrem com a queda de cabelo.

Segundo a dermatologista e tricologista da clínica Guardiões do Cabelo, Luisa Groba, a queda de cabelo não é comum na alopecia androgenética, quadro mais comum entre as mulheres. “Geralmente, observa-se redução do volume do cabelo, com afinamento difuso dos fios, e alargamento da linha de divisão do cabelo em padrão ‘árvore de natal’”.

A segunda causa mais comum de calvície feminina é o eflúvio telógeno, onda há uma queda de cabelos devido alteração do ciclo capilar. Esse quadro é provocado por algum evento de estresse para o organismo, como cirurgias, dietas restritivas, infecções ou até mesmo pelo uso de alguns medicamentos. “Nessas situações o organismo prioriza outros órgãos mais vitais e deixa de fornecer energia para os fios. Em alguns casos, o eflúvio telógeno pode ser o evento desencadeador do início do quadro da alopecia androgenética”.

Além disso, a especialista acrescenta que existem mais de 200 tipos de calvície, muitas vezes secundárias a outras doenças, dentre elas podemos citar: hipotireoidismo, lúpus eritematoso sistêmico, sarcoidose e anemia. “Na mais comum, a alopecia androgenética, como o nome diz é genética. A herança é poligênica e pode vir tanto da mãe quanto do pai, assim como pode pular gerações”.

Hábitos e a calvície feminina:

A especialista destaca alguns hábitos que podem evitar a calvície feminina:

– Ter uma dieta balanceada

– Preferir alimentos orgânicos

– Evitar o estresse excessivo

– Dormir 8 horas por dia

– Evitar suplementos de academia como creatinina, tribullus terrestres, feno grego e anabolizantes

– Lavar os cabelos diariamente

– Evitar banho com água muito quente

– Evitar abafar o couro cabeludo

Luisa explica que esses hábitos visam normalizar a liberação de hormônios e a produção de sebo no couro cabeludo, que podem favorecer a calvície.

O tratamento para mulheres, assim como para homens, baseia-se em estimulantes do crescimento dos fios, como o minoxidil e a luz de LED, e em bloqueadores hormonais. “O objetivo do tratamento é estacionar o processo e recuperar parte da perda causada pela calvície feminina”.

Nas mulheres, o processo atua como bloqueador hormonal os anticoncepcionais, a espironolactona, a ciproterona e a própria finasterida. “Podem ser realizados, também, assim como nos homens, procedimentos com infusões de medicamentos na derme através da mesoterapia, mmp e microagulhamento”.

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